16 de fev. de 2009

Ode aos açougueiros

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escrevi um poema sanguinário

chamei-o de “ode aos açougueiros”

já de cara, sem dó nem piedade fui lá e

cortei do poema a perna do p

mandei num envelope pardo a orelha do livro

pedi resgate

não lido, enfiei fundo a faca no coração do til

e vi a cedilha escorrendo sangrando na página

sobrou à minha frente na mesa de aço

um poema manco

[com o coracao

[mutilado
.

por robisson sete


Um comentário:

Natália Beatriz disse...

sem dó nem piedade, hein!