23 de ago. de 2008


são poucas as coisas que deixam seu encantamento. vivo de coisas perecíveis. como com os olhos, mastigo rápido, um defeito meu. guardo nada pra depois. bom mesmo é sangue quente. meu tempo corre contra a validade. um pé após o outro. arrivederci! não acredito em pecados. não invento fardos. o caminhar é leve pra quem voa sem pensar.

sou cruel com as pessoas e fiel aos meus instintos. nem faço gesto de desculpa e muito menos sinto culpa. e assim por outros ângulos sou um palhaço de piadas mal amadas, sem aplausos, sem nada. mas abro a janela, olho pro céu e sei que sou um astro. levanto meus braços tentando alcançar o infinito. o infinito é que me encanta! não tem data pra expirar. então continuo minhas ultrapassagens, meus atropelamentos e por isso faço da morte a última placa a ser lida, a estrada mais dolorida que tenho que pegar. amémprocêtamém!


por geórgia teixeira

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